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Carnaval, discriminação e inclusão


Fotografia de Monique Carrati - Unsplash

Compartilhamos o artigo de Célia Fernanda Lima, publicado no Portal Lunetas, no qual a autora analisa práticas e comportamentos de apropriação cultural durante o Carnaval. A autora desmistifica os estereótipos subjacentes à ecolha de fantasias que reproduzem elementos da cultura cigana, africana ou de povos originários. Além disso, apresenta alternativas que visam transformar o Carnaval numa celebração verdadeiramente enriquecedora e intercultural. «Segundo Rodney William, antropólogo e escritor negro candomblecista, a apropriação ocorre quando “alguém do grupo dominante adota objetos ou hábitos de uma cultura subalternizada e, além de não reconhecer a origem, esvazia o sentido daquele objeto ou manifestação cultural”. (...) Desse modo, outro exemplo da chamada “apropriação cultural” é a fantasia de cigano ou cigana. As roupas e acessórios que exploram suas identidades reforçam estereótipos sobre o povo que veio do oriente e que já sofreu perseguições históricas. O preconceito surge desde a Inquisição da igreja católica, no século XIV, até a Segunda Guerra Mundial, com a morte de milhares de ciganos.


“Temos nossa etnia, nossa dança, nossa música. É um desrespeito achar que podem sair vestindo qualquer coisa e aproveitar o momento de festa e alegria para fazer insinuações maldosas do nosso povo cigano. Somos seres humanos e o que pedimos para as pessoas é respeito”, disse Rogério Ribeiro, presidente do Instituto Cigano do Brasil, em entrevista ao G1. No Brasil, são cerca de 500 mil pessoas vivendo em mais de 300 acampamentos ciganos, segundo estimativa do IBGE. (...) Pode parecer complicado, mas explicar essa questão para as crianças é mais fácil do que se imagina. Paula Guajajara diz que basta contar de forma simples que é preciso respeitar as pessoas, suas culturas e tradições. Ou seja, símbolos sagrados não são piadas, muito menos a cor da pele da pessoa. “Nós, povos indígenas, educamos crianças e jovens por meio da oralidade. Portanto, o diálogo é fundamental. Apontar para as crianças a falta de conhecimento delas em relação ao outro e instruí-las a respeitar e compreender melhor a diversidade étnica ao longo de sua formação pode ser um dos caminhos.” (...)»


Leia o artigo na íntegra, através do link acima.

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